Crésio Maciel destaca que o acolhimento pode salvar vidas

Crésio Maciel, 54 anos. Uma pessoa que se sente bem sendo voluntário de diversas causas. 

Desde a infância, entre 8 e 9 anos de idade, Crésio, estudante naquela época, recebeu a orientação de uma professora do Centro Integrado. Foi nesse episódio que ele foi solicitado em buscar uma Instituição de Caridade para realizar um trabalho. 

Foi a partir daí que ele chegou ao Sr. Agberto, da venda na rua Ouro Preto, Nosso Lar, próximo ao Ginásio de Esportes.

Crésio conta que sentiu o cara quando sua mãe lhe autorizou ir até a venda de seu Gilberto comprar meio quilo de bolacha cream cracker, que era naquela época a granel. Ali, ele diz que comprou todo feliz da vida. 

Porém, ao chegar no Lar, para fazer a entrega, lá tinham vários idosos. Assim, ele pensou “isso aqui não dá para nada”. Foi a partir daí que Crésio passou a ter um olhar especial para a questão social dos menos favorecidos.

Crésio conta que guarda com muita recordação o primeiro brinquedo que ganhou, aos seis anos de idade, no Orfanato, da Avenida Frei Benjamin. Com muita gratidão, ele recorda que aquela carretinha de carregar combustível de plástico significa muito na sua vida.

De seu pai, algo que chama mais sua atenção são as viagens no pau de arara. Ao abrir as cancelas, para agilizar a viagem dele, ou também ao carregar carvão eram atitudes que fizeram Crésio aprender muito com seu pai.

O voluntário conta que eles carregavam adubo, pedra e material de construção.  Além disso, colheu café, com sua mãe, no frio da madrugada em Barra do Choça, indo todos os dias de pau de arara. 

Sua mãe lhe ajudou muito para ser o que ele é hoje e por isso reconhece. Ela fazia cocadas, para Crésio vender na rua. Incentivou a comecializar picolé e pegar carrego. Enfim, ela foi a grande incentivadora para ele começar sua vida de trabalho, dentro das possibilidades na infância. 

Toda sua vida simples Crésio se orgulha, inclusive para construir sua própria família. Diante da sua vida pautada no voluntariado, seus filhos foram orientados, de forma exemplar, ajudar quem mais precisa. 

Em sua trajetória nesse meio, ele conta que passou, em São Paulo, por 17 anos como voluntário numa Casa Espírita, onde os membros buscavam contribuir com instituições de caridade.

Em Vitória da Conquista, Crésio se tornou voluntário do Lar da Misericórdia, local onde frequenta até os dias atuais. Além disso, é uma pessoa bem envolvida no Projeto Abraço Grátis, em que todos os meses distribuí alegria e esperança a diversas pessoas. 

Em 2007, quando retornou de São Paulo para Vitória da Conquista, ele manteve as ações voluntárias. Algumas instituições, dentro e fora do movimento espírita, tiveram o apoio e o trabalho de Crésio. 

Com o estreitamento das relações com seu irmão, que é o fundador do Lar da Misericórdia, se tornou voluntário do espaço também. Até hoje, Crésio faz parte do local, que acolhe pessoas em situação de rua.

Inclusive, neste último dia 02 de agosto, o Lar da Misericórdia completou 08 anos de funcionamento ininterrupto.

Além disso, Crésio também é voluntário, desde 2018, na COTEFAVE. Este espaço, que fica no município de Barra do Choça, propõe o tratamento para a adicção ativa. 

O trabalho de Crésio é, mensalmente, juntamente com o projeto do Abraço Grátis, receber e proporcionar a todas as famílias um caloroso abraço. Os familiares vão visitar os acolhidos em tratamento, dentro da COTEFAVE. 

Dessa forma, o grupo Abraço Grátis promove um trabalho terapêutico com as pessoas ali assistidas, ajudando-os na recepção das famílias.

Em suma, Crésio Maciel se resume a uma pessoa que sempre pensou no acolhimento e dedicação ao voluntariado. Na sua trajetória, ele busca transmitir um pouco de si para oferecer alegria aos demais.